segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Pernambuco ocupa o 10º no ranking da violência contra a mulher e Recife o 6º. Comissão faz 23 recomendações.

Foto: Heudes Régis/JC Imagem.
Os números são tristes. Pernambuco ocupa a 10ª posição no ranking nacional de violência contra a mulher. Em cada 100 mil mulheres, 5,5 são assassinadas por ano no Estado. O caso de Recife é ainda mais grave. A cidade ocupa a sexta posição no ranking das capitais e apresenta uma taxa de homicídios de 7,6 a cada 100 mil mulheres por ano. Em 2010, ano utilizado para levantar esses dados, 63 mulheres foram assassinadas no Recife e 251 em todo o Estado. Os dados do Mapa da Violência 2012 fazem parte do relatório elaborado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher, do Congresso Nacional.

O levantamento da realidade da violência contra a mulher no País organizado em todas as Unidades da Federação será entregue nesta segunda-feira (16) ao governador Eduardo Campos (PSB) pela deputada federal Luciana Santos (PCdoB). Única representante feminina na bancada federal pernambucana, a comunista lança no Estado a campanha “Mulher, tome partido! Filie-se!”, que busca atrair mais mulheres para a vida partidária e estimular a candidatura feminina nas eleições de 2014.

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O resultado do trabalho da CPMI, que Luciana ficou de repassar para o governador, talvez seja, porém, a parte mais impressionante da agenda da deputada. A Comissão estudou toda a rede de atenção à violência contra a mulher em Pernambuco e pediu explicações aos poderes públicos sobre o cenário que encontrou no Estado. O relatório da senadora Ana Rita (PT-ES), publicado em 16 de julho deste ano, apresenta 23 recomendações para Pernambuco. Onze delas são direcionadas ao Governo do Estado.

Estão lá desde a implementação de novas Delegacias da Mulher, a reforma e melhora das Delegacias já existentes, a qualificação de servidores públicos – principalmente das áreas de Segurança e Saúde – para identificação de comportamentos que demonstrem violação dos direitos das mulheres, a implementação de Centros de Atendimento Médico-hospitalar às mulheres vítimas de violência sexual e a ampliação dos equipamentos de assistência às mulheres pelo interior do Estado. Além do Executivo, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública também tiveram a sua cota de recomendações.

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