Quando Ryan Marquiss nasceu, os médicos disseram aos pais dele que as
chances de sobrevivência eram poucas. O bebê veio ao mundo com o
coração do lado de fora do corpo, uma rara anomalia que, em noventa por
cento dos casos provoca a morte dos recém-nascidos em três dias.
Algumas
crianças já nascem mortas. Mas, ao contrário do previsto, o pequeno já
está comemorando o terceiro aniversário.
Além de estar do lado de fora do corpo, o coração de Ryan também não
era totalmente desenvolvido e equivalia a meio órgão. A combinação de
defeitos era tão rara, que o caso do americano, da Pensilvânia, é o
único no mundo. Os médicos identificaram os problemas ainda durante a
gestação e aconselharam que a mãe, Leighann Marquiss, fizesse uma aborto
com 12 semanas de gravidez. Ela se recusou.
“Nós queríamos que tudo corresse de maneira natural, então nos
recusamos a fazer o aborto”, explicou a Leighann, segundo informações do
jornal “Daily Mail”. “Nós sabíamos que seria um milagre se ele
sobrevivesse ao nascimento. Então o fato de ele estar aqui conosco hoje é
maravilhoso”, destacou ela, que tem mais duas filhas.
O problema de Ryan, conhecido como ectopia cordis, afeta apenas oito
em cada um milhão de nascimentos. O bebê nasceu em fevereiro de 2009, no
Children’s National Medical Centre, em Washington. “Se ele sobrevivesse
ao nascimento, o coração dele provavelmente seria infectado e ele
morreria”, explicou Mary Donofrio, diretora do hospital. Mesmo que Ryan
não fosse infectado, ele precisaria se submeter a uma operação de
coração aberto, já que apenas um ventrículo funcionava. “Seria um
milagre”, reiterou a médica.O coração de Ryan era coberto por uma fina
membrana. Ele precisou se submeter a uma cirurgia com apenas duas
semanas de vida, que garantiu que o fluxo sanguíneo atingisse o nível
ideal. Nos anos seguintes, o menino passou por diversas outras operações
e hoje, com três anos de vida, já consegue levar uma vida normal. “Ele
foi muito corajoso”, lembrou a mãe. “Ele continuou lutando. Se recusou a
morrer e provou que todos estavam errados”, acrescentou ela.
Os especialistas que cuidaram de Ryan acreditam que ele se
transformou em um exemplo para outros bebês com o mesmo problema. No
futuro, o menino vai precisar de um transplante de coração, mas por
enquanto a saúde dele está bem. “Ele é mesmo um milagre da medicina.
Todo dia com Ryan é um dia que os médicos disseram que ele não estaria
conosco. Então valorizamos muito cada momento”, disse Leighann.
Extra Online
Por:Vadilson Oliveira
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