Agressor desativou energia da casa para entrar e cometer crime, diz moradora.Menino de três anos e avó das crianças também foram esfaqueados.
Além de facadas, menina de 11 anos recebeu pontapés e murros (Foto: Felipe Bastos/G1 MS).
Segundo as vítimas, o homem que teria cometido o crime é o ex-namorado
da operadora de caixa Lucimar Barros Giroto, mãe das crianças. O
suspeito está sendo procurado pela polícia.
Ao G1, Lucimar contou que duas semanas atrás havia terminado um relacionamento com o suspeito, que tem 26 anos. Inconformado com a situação, ele teria passado a ameaçá-la. As agressões começaram há três dias. “Ele me espancou no meio da rua, perto de casa e na frente de um monte de gente. Depois, disse que todos que eu amo iriam sofrer”,diz.
No dia 10 de agosto, Lucimar conseguiu na Justiça que o suspeito
ficasse proibido de fazer contato ou aproximação com a vítima,
familiares e testemunhas, e que ele mantivesse distância mínima de 300
metros. A medida cautelar expedida pelo juiz José Rubens Senefonte, da
Vara da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em Campo Grande,
também decretava seu afastamento do lar.
InvasãoSegundo a operadora de caixa, o agressor desativou a energia e entrou na casa usando uma chave reserva. Ele foi à cozinha, pegou uma faca e começou a espancar e a esfaquear a ex-sogra. Depois, foi ao quarto das crianças para continuar com as agressões. Enquanto o homem agia, Lucimar disse que ficou escondida no banheiro. “Se ele me encontrasse, com certeza teria me matado”, relata.
O garoto foi atingido por quatro facadas no braço e nas costas. Já a
menina levou oito facadas nas costas, braços e no rosto, além de murros e
pontapés. “Ainda estou com muita dor, mas espero que a justiça seja
feita”, diz a menina.
Marcas de sangue no local da agressão (Foto: Felipe Bastos).
Emocionado, o pai das crianças e ex-marido de Lucimar, Rafael Olmos
Ortiz Espíndola, relatou seu desespero ao receber a notícia. “Quando me
ligaram avisando que meus filhos tinham sido esfaqueados eu não
acreditava, perdi o chão. A gente nunca acha que essas coisas vão
acontecer com a gente, principalmente com os filhos. A pessoa que fez
isso não é um ser humano, é um monstro, e tem que pagar pelo que fez”.Após serem medicadas no posto de saúde do bairro Guanandi e na Santa Casa, as crianças passam bem. Elas estão sob a guarda temporária do pai. Já a mãe de Lucimar segue internada na Santa Casa.
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