Desfile faz parte de projeto social que se tornou grife: a Daspre.Evento ocorreu nesta terça-feira (6), no prédio da Fiesp.
Presa exibe tatuagem durante evento (Foto: Nelson Almeida/AFP).Fonte:G1.
Presidiárias do Centro de Progressão Penitenciária Feminino Dra. Marina
Marigo Cardoso de Oliveira, do Butantã, Zona Oeste de São Paulo,
exibiram peças feitas por elas em um desfile no prédio da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta terça-feira (6). As
peças exclusivas são da Daspre, um projeto social que se transformou em
grife, como mostra a reportagem do Jornal Hoje.
Para as presidiárias, o trabalho manual acaba se tornando aliado para
colocar em ordem a própria vida. Elas foram condenadas pelo envolvimento
com o tráfico de drogas e trabalham atualmente para a Daspre. “Pretendo
ir embora de cabeça erguida, acabar de criar meus filhos, começar uma
vida nova com um emprego novo“, diz Marilene Brito de Oliveira, uma das
presas envolvidas no projeto.
Tamira Aparecida Duarte, presa aos 18 anos, aprendeu a primeira
profissão na cadeia. “Maravilhoso. Está me ajudando a mudar de mente,
mudar de vida. Bola pra frente”, afirma. Ela planeja uma vida nova
quando começar seu regime semiaberto.
E enquanto fazem planos, as presidiárias confeccionam almofadas, caixas
e também acessórios de moda e roupas. Para comemorar a coleção
completa, o desfile foi organizado com oito detentas do regime
semiaberto.
“Até hoje, em três anos de projeto, eu não tenho notícia de alguma que
tenha voltado [para a cadeia]. Isso para mim é o mais importante“, diz
Lúcia Casalli, criadora da Daspre.
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