Dos 48 municípios brasileiros que estão em situação de risco para
ocorrência de surto de dengue, sete são pernambucanos: Afogados da
Ingazeira, Araripina, Arcoverde, Camaragibe, Floresta, Garanhuns e Santa
Cruz do Capibaribe.
A informação consta no Levantamento Rápido de
Infestação por Aedes aegypti (Liraa), uma espécie de mapa da doença no
Brasil, divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Ministério da Saúde. Em
parceria com as secretarias de saúde municipais, o trabalho foi
realizado entre outubro e novembro. O período que antecede o verão é
considerado por especialistas como bastante propício para a proliferação
dos casos da doença.Nas cidades classificadas como situação de risco, a mais grave das três classificações estabelecidas, os técnicos encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos domicílios visitados. Durante a solenidade de apresentação do trabalho, em Brasília, o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, informou que o índice igual ou superior a 4% das residências com infestação é considerado de risco, seguindo padrões internacionais.
"Já onde a situação é satisfatória, a gente tem que fazer um alerta: estamos em dezembro, a tendência em janeiro, fevereiro e março é crescer. A situação só será satisfatória quando (o município) atravessar o ano inteiro assim, em baixo risco", ressaltou Jarbas Barbosa.
O Ministério da Saúde estabelece três classificações: satisfatória, estado de alerta e situação de risco. Na melhor situação, larvas do mosquito foram detectadas em menos de 1% dos domicílios visitados. O nível intermediário quer dizer que o índice de infestação variou entre 1% e 3,9% das residências.
O levantamento foi realizado em 561 cidades brasileiras. Dos municípios em fase crítica para o surgimento de surto (8,6% do universo pesquisado), três são capitais: Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT). Outras 14 capitais estão em alerta, um estágio antes da situação de risco. O Recife é uma delas. Na divisão por região, o Nordeste concentra 23 municípios em situação de vulnerabilidade, quase metade do total das cidades em situação de risco.
O secretário-executivo de Vigilância em Saúde de Pernambuco, Eronildo Felisberto, vê como positivo a divulgação do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti nessa época do ano. "É extremamente importante num momento que a população fica um pouco desligada do problema. No verão, aumenta a necessidade de armazenar água. E o combate à doença depende muito da participação da sociedade", afirmou.
Embora Pernambuco tenha figurado com sete cidades em situação de risco, ele acredita que a situação no Estado poderia ser ainda mais complicada. "Investimos este ano cerca de R$ 4,5 milhões no Plano Estadual de Contingência da Dengue. Esse montante representa 51% do orçamento da Secretaria Estadual de Saúde para a vigilância em saúde", informou. Em relação ao ano passado, o Estado registrou uma queda de 39,59% nos casos de dengue este ano.
Por:Vadilson Oliveira
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