Maria Ferreira Queiroz, conhecida como dona Mocinha, morreu na tarde
desta sexta-feira (10), em São Paulo, aos 102 anos.
Ela era a única irmã
viva de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião. Segundo a família, ela
foi internada horas antes de falecer com problemas pulmonares, mas não
resistiu. O corpo será levado ao Velório Salete, em Santana, na Zona
Norte de São Paulo, e o sepultamento será feito no Cemitério Chora
Menino, às 12h deste sábado (11).
A idade de dona Mocinha sempre foi motivo de discussão entre estudiosos
do cangaço. O documento de identidade da irmã de Lampião indica que ela
nasceu em 8 de janeiro de 1906, portanto, ela teria completado 106
anos, mas ela sempre se recusou a afirmar que tivesse essa idade,
alegando que não era por vaidade. Ela tem outro documento que aponta a
data de nascimento em 11 de janeiro de 1910. Era por este documento que
dona Mocinha costumava se identificar, de acordo com o neto Marcos
Antonio Tavares, 53 anos.
Ela vivia em um apartamento com os filhos Expedito e Valdeci, em
Santana, na Zona Norte de São Paulo. Os parentes mais próximos que
também moram em São Paulo, além dos dois filhos, costumavam visitá-la,
principalmente na data de aniversário dela.
"Ainda não sabemos onde será o velório e nem o sepultamento. Ela estava
doentinha, vez ou outra ela era internada para cuidar da saúde. Já
tinha muita idade. Acreditamos que foi insuficiência pulmonar", disse
Tavares.
O pesquisador e historiador Antônio Amaury Correia, que mora perto de
dona Mocinha, foi um dos responsáveis por descobrir a segunda data de
nascimento da irmã de Lampião. "Ela tinha dois documentos. Até hoje não
sabemos com certeza qual era a idade dela",
"Foi uma grande perda. Apesar de ela não ter vivido a história do
cangaço, já que era muito pequena quando Lampião estava atuando, ela
sempre foi uma referência histórica", afirmou o historiador e
especialista em cangaço, João de Sousa Lima.
Fonte:G1
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