Jovem mata onze pessoas em escola no Rio de Janeiro.

A Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro confirma que dez meninas e um menino morreram baleados esta quinta-feira, após um jovem de 23 anos ter invadido uma escola municipal e baleado os alunos. O atirador cometeu suicídio, segundo a polícia.

Inicialmente, o Corpo de Bombeiros havia informado a morte de 13 pessoas -12 alunos e o atirador.  
O atirador entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, na zona de Realengo, a oeste do Rio de Janeiro, por volta das oito da manhã (hora local) e começou a disparar. Os cerca de vinte feridos foram encaminhados para o Hospital Estadual Albert Schweitzer.

Segundo informações recolhidas juntos da direcção da escola, o jovem de 23 anos, ex-aluno daquela insituição, fez-se passar por professor para conseguir entrar nas instalações. Perante o barulho dos tiros, os professores trancaram as salas para proteger os alunos.

"Funcionários da escola afirmaram aos polícias que o jovem chegou bem vestido, com uma mochila, e disse que daria uma aula aos alunos. Subiu ao terceiro andar do prédio", afirmou o coronel Evandro Bezerra.O coronel, porta-voz dos bombeiros locais, disse ainda que o atirador premeditou o ataque. O jovem, já identificado como Wellington Menezes de Oliveira, envolveu-se ainda numa troca de disparos com a polícia militar, durante a fuga. Depois de atingido numa perna, o jovem suicidou-se.
De acordo com o coronel Djalma Beltrame, da Polícia Militar, "um polícia que chegou à escola conseguiu ferir o criminoso na troca de tiros, mas o homem matou-se com um tiro na cabeça".
A rua de acesso ao recinto da escola está cortada e há ainda grande agitação junto ao recinto.

                                           Jovem deixou carta a explicar o ataque

Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, terá, de acordo com informações avançadas pelo jornal O Globo, deixado uma carta onde explica as motivações deste ataque. Na carta, o jovem terá confessado que tinha SIDA. A irmã adoptiva, Roselane, afirmou ainda a uma rádio brasileira que Wellington Menezes de Oliveira estava ligado ao Islamismo, não saia muito de casa e passava o dia em frente ao computador.
De acordo com as autoridades, Wellington deixou uma carta com frases incompreensíveis e desconexas.
Os pais de alunos e vizinhos da escola rodearam a escola em busca de informações. Elúzia, uma moradora do bairro que mora em frente à escola, afirmou à Agência France Press que o seu filho de 10 anos conseguiu escapar do ataque.
"Ele olhou pela janela ao ouvir os tiros e, mesmo sem ter visto nada, começou a correr até a porta e graças a Deus está bem", disse.
"Vi muitas pessoas a correr, baleadas, foi horrível", acrescentou. "Este bairro é muito tranquilo, nunca imaginei que algo assim aconteceria".
Elizer, funcionários dos correios que vive na região, afirmou que duas crianças bateram à sua porta feridas. "Duas crianças correram para minha casa, estavam a atirar em todas as direcções. A minha filha e os meus dois sobrinhos estavam lá. Mas estão bem", assegorou à AFP.